quinta-feira, maio 29, 2014

Maio despedaçado


Café fumegando na xícara vermelha da minha mãe. Hoje decidi não tomar o ansiolítico, acompanhante das últimas noites. Ele me deixa dopada e esquecida, e é fato, gosto de registrar os acontecimentos. Precisava lembrar. Maio passou. Meio como os outros meses. Meio duro, meio frio, meio aço cortante. Tomei tarja preta pela primeira vez, e dormi 11h ininterruptas. Liguei para um rapaz, chamei-o pra sair, ele disse não. Vale dizer, que ele já havia manifestado verbalmente, o desejo de ficar comigo, e já tínhamos nos beijado dias antes. Reiterei o pedido, e a resposta obtida foi a mesma. Fui na formatura do meu melhor amigo, encontrei aquele que foi o meu melhor namorado: nos beijamos. Meio sonho, meio fantasia, meio aquele amor que nunca acaba, que fica arrumando jeitos para se perpetuar, e o destino, e o universo conspirando pra a gente não deixar de se amar.



(A imagem eu retirei daqui: http://juhmis.wordpress.com/ )

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